Tragédia de Santa Maria na Visão Espírita

Queridos Amigos e Irmãos! Que a Luz do Cristo esteja em nossos corações. 

Aconteceu na data de 27 de janeiro de 2013, um incêndio, o segundo maior no Brasil, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O incênd
io foi em uma casa de shows (boate) na madrugada e aconteceu após um dos integrantes da banda que fazia o show no momento acender um sinalizador que, em contato com a espuma acústica que revestia o teto da boate, entrou em combustão e liberou uma fumaça bastante tóxica, pois a mesma é feita de derivados do petróleo.


Mais de mil e quinhentas pessoas estavam no local durante o incidente e a tragédia atingiu principalmente jovens da faixa dos 18 aos 30 anos, boa parte estudantes, que frequentavam a boate. Nesse acidente, ja desencarnaram mais de 230 pessoas, além de centenas de feridos. 

Quando lemos noticias como essas, nos sensibilizamos e várias perguntas passam em nossa mente: Como estarão os familiares? Como estarão os amigos das vítimas? E os que sobreviveram? Mas sem dúvida a maior pergunta que nos fazemos é: Porque Deus permitiu que isso acontecesse? 
 É duro vermos casos como esses, onde jovens que estavam em busca de diversão, desencarnam de maneira tal. Mas, antes de tudo, devemos lembrar que Deus não é cruel e muito menos maléfico. Vou me basear aqui, na obra O Livro dos Espíritos, livro básico da Codificação da Doutrina Espírita. Lá podemos encontrar no Cap I - De Deus, no Item Atributos da Divindade que fala: 

Deus é soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das leis divinas se revela, assim nas mais pequeninas coisas, como nas maiores, e essa sabedoria não permite se duvide nem da justiça nem da bondade de Deus.

Não quero aqui dizer que devemos aceitar TUDO que acontece sem pelo menos irmos atrás de informações coerentes; apenas não devemos duvidar Da Providência e da Justiça Divina. Se algo ocorre, tem uma razão. Não existe acaso! Deus não permite que uma folha caia sem que seja necessária a algo. Mas então a pergunta ainda persiste: Porque Deus permite que tragédias como essas ocorram? E se pensarmos que em tudo há uma razão, ainda outra indagação surgirá: Qual a finalidade de haverem tais tragédias?

Ainda me baseando na mesma obra, na Terceira Parte, Cap VI - Lei de Destruição, podemos encontrar as perguntas:

728. É lei da Natureza a destruição? 
“Preciso é que tudo se destrua para renascer e se regenerar. Porque, o que chamais destruição não passa de uma transformação, que tem por fim a renovação e melhoria dos seres vivos.” 

FLAGELOS DESTRUIDORES 
737. Com que fim fere Deus a Humanidade por meio de flagelos destruidores? 
“Para fazê-la progredir mais depressa. Já não dissemos ser a destruição uma necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, que, em cada nova existência, sobem um degrau na escala do aperfeiçoamento? Preciso é que se veja o objetivo, para que os resultados possam ser apreciados. Somente do vosso ponto de vista pessoal os apreciais; daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que vos causam. Essas subversões, porém, são freqüentemente necessárias para que mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de coisas e para que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos.” 

738.Para conseguir a melhora da Humanidade, não podia Deus empregar outros meios que não os flagelos destruidores?
“Pode e os emprega todos os dias, pois que deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. O homem, porém não se aproveita desses meios. Necessário, portanto, se torna que seja castigado no seu orgulho e que se lhe faça sentir a sua fraqueza.”

738.a)Mas, nesses flagelos, tanto sucumbe o homem de bem como o perverso. Será justo isso?
“Durante a vida, o homem tudo refere ao seu corpo; entretanto, de maneira diversa pensa depois da morte. Ora, conforme temos dito, a vida do corpo bem pouca coisa é. Um século no vosso mundo não passa de um relâmpago na eternidade. Logo, nada são os sofrimentos de alguns dias ou de alguns meses, de que tanto vos queixais. Representam um ensino que se vos dá e que vos servirá no futuro.
Os Espíritos, que preexistem e sobrevivem a tudo, formam o mundo real (85). Esses os filhos de Deus e o objeto de toda a sua solicitude. Os corpos são meros disfarces com que eles aparecem no mundo. Por ocasião das grandes calamidades que dizimam os homens, o espetáculo é semelhante ao de um exército cujos soldados, durante a guerra, ficassem com seus uniformes estragados, rotos, ou perdidos. O general se preocupa mais com seus soldados do que com os uniformes deles.”

738.b) — Mas, nem por isso as vítimas desses flagelos deixam de o ser.
“Se considerásseis a vida qual ela é e quão pouca coisa representa com relação ao infinito, menos importância lhe daríeis. Em outra vida, essas vítimas acharão ampla compensação aos seus sofrimentos, se souberem suportá-los sem murmurar.”

739. Têm os flagelos destruidores utilidade, do ponto de vista 
físico, não obstante os males que ocasionam?
“Têm. Muitas vezes mudam as condições de uma região. Mas, o bem que deles resulta só as gerações vindouras o experimentam.”

740. Não serão os flagelos, igualmente, provas morais para 
o homem, por porem-no a braços com as mais aflitivas 
necessidades?
“Os flagelos são provas que dão ao homem ocasião de 
exercitar a sua inteligência, de demonstrar sua paciência e 
resignação ante a vontade de Deus e que lhe oferecem ensejo de manifestar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se o não domina o egoísmo.”


741. Dado é ao homem conjurar os flagelos que o afligem?
“Em parte, é; não, porém, como geralmente o entendem. Muitos flagelos resultam da imprevidência do homem. 
À medida que adquire conhecimentos e experiência, ele os 
vai podendo conjurar, isto é, prevenir, se lhes sabe pesquisar 
as causas. Contudo, entre os males que afligem a Humanidade, alguns há de caráter geral, que estão nos decretos da 
Providência e dos quais cada indivíduo recebe, mais ou
menos, o contragolpe. A esses nada pode o homem opor, a 
não ser sua submissão à vontade de Deus. Esses mesmos 
males, entretanto, ele muitas vezes os agrava pela sua 
negligência.”


Não quero com isso dizer que basta lermos essas perguntas para entendermos completamente desse e de outros assuntos. Para termos um maior conhecimento sobre a vastidão desse assunto, apenas estudando bastante. Existem vários livros que podemos buscar como base, mas acima de todos, deveríamos ler as Obras da Codificação Espírita que são:
- O Livro dos Espíritos
- O Livro dos Médiuns
- O Evangelho Segundo o Espiritismo
- Céu e Inferno ( A Justiça Divina Sobre Novo Prisma)
- A Gênese

Para Finalizar, venho fazer um pedido aos leitores desse Blog: Oremos hoje, oremos sempre. Oremos pelas vítimas desse terrivel evento! Mentalizemos a Paz de Jesus e O Amor de Maria. Que cada família sofredora dessa tragédia possa receber nossas orações. Que cada mãe possa ser acalentada e receber vibrações de Amor. Cada jovem que desencarnou possa ser socorrido e abençoado. Muita paz e muita luz a todos!!!

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Uma Mensagem para você, Jovem!

Essa é uma mensagem que dedico a todos os Jovens Cristãos, que buscam melhorar-se. Este é um lembrete que o acaso não existe; Deus sabe de nossas necessidades; e muito melhor que nós mesmos, pois por vezes achamos que algo seria ótimo para nós, quando na verdade nos traria malefícios.
Um bom dia a todos!!!


BENÇÃO
(Francisco Cândido Xavier)


Nasceste no lar que precisavas, 
Vestiste o corpo físico que merecias,
Moras onde melhor Deus te proporcionou, de acordo com teu adiantamento. 
Possuis os recursos financeiros coerentes com as tuas necessidades, nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas  lutas terrenas.

Teu ambiente de trabalho é o que elegeste espontaneamente para a tua realização. 
Teus parentes, amigos são as almas que atraístes,  com tua própria afinidade. Portanto, teu destino está constantemente  sob teu controle.

Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas tudo aquilo que te rodeia a existência. Teus pensamentos e vontades são a chave  de teus atos e atitudes... São as fontes de atração e repulsão na tua jornada vivência.

Não reclames nem te faças de vítima.  Antes de tudo, analisa e observa.  A mudança está em tuas mãos. Reprograme tua meta, busque o bem e viverás melhor.

Embora ninguém possa voltar atrás e  fazer um novo começo, qualquer um pode  começar agora e fazer um novo fim.


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Juventude Espírita



                                              Por Heleno Vidal (Presidente da Comissão Estadual de Espiritismo - PE)
 O texto Bíblico intitulado “A velhice” narrado em ECLESIASTES (Antigo testamento) e tão falado nas lides religiosas precisa ser evidenciado com mais ênfase em nossos dias.


Eclesiastes 12.1

Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento......,


Ser jovem envolve crescimento, aprendizado e amadurecimento, agir com ponderação e ética, sem, contudo, perder o otimismo e a jovialidade. Vemos no jovem a centelha divina da transformação!

Contudo, ser jovem espírita, principalmente nos dias de hoje, não é das tarefas  mais fáceis, pois inúmeros fatores atraem as pessoas para o rumo do imediatismo e das ilusões perecíveis. Outro fator preponderante é tecnicismo, a mídia, a velocidade dos meios de comunicação, acesso fácil ao mundo através da fascinante internet que propicia acesso a diversas formas de conhecimento.

"Conhecimento é Poder" e é uma ferramenta transformadora. O Estudo Espírita, antes de tudo, é a grande janela para a vida. Não envolvendo apenas mudanças de âmbito filosófico e religioso, mas mudança na sociedade à nossa volta, direciona atitudes e sentimentos.

O Movimento Espírita tanto a nível local/estadual e nacional tem dado ênfase a questão da Infância e Juventude, estudando e criando programas que possibilitem a criança e ao jovem um espaço na Casa Espírita. Vemos surgirem grupos de jovens (de forma pontual) com o desejo do estudo e da vivência espírita.

No entanto vem uma reflexão: O que pensam os dirigentes das Casas espíritas sobre a questão?

Como está sendo incluída essa área na organização e planejamento das atividades da Instituição?

Em que espaço o setor da Infância e da Juventude é contemplado no Organograma das Instituições?

Pensar nas cabines de passes, na sala do enxoval, na cozinha para a sopa, na sala da desobsessão...... é muito importante. Mas o espaço para a criança e juventude? Que recursos estão sendo pensados? Incentivo para Qualificar os voluntários (Educadores espíritas) em cursos, e eventos para Infância e Juventude?

Pensando nisso, a Comissão Estadual de Espiritismo – PE tem se empenhado através da Coordenadoria de Infância e Juventude, oferecendo cursos, encontros, congresso e o grande resgate em 2012 da Semana do Jovem Espírita de Pernambuco - SEJEPE, que HAVIA PARADO DESDE 1990. 

A Semana do Jovem Espírita de Pernambuco – SEJEPE tem a grande missão de estimular os jovens a uma semana de estudos e vivências espíritas, além de criar o intercâmbio entre os grupos das diversas Instituições do Estado, descobertas de talentos e estimular a criação de novos grupos.

A dinamização dos grupos levam também os Gestores das Casas Espíritas a pensarem melhor na infraestrutura para o CIJ. Tal estrutura engloba espaço físico adequado, mobiliário, recursos didáticos entre outros. 

No início do texto falamos do progresso tecnológico que a criança e o jovem vivenciam em casa, na escola, na universidade e no ambiente profissional. A Casa espírita apesar das dificuldades de recursos financeiros, deve se esforçar para aparelhar-se com pelo menos o “MÍNIMO NECESSÁRIO”, de forma que a criança e o jovem sintam-se atraído.

Finalmente, precisamos pensar! Quem dará continuidade as ações da Casa Espírita? Como estamos pensando no futuro da Instituição? Somos eternos sim, mas o espírito.O Corpo físico é temporário. Então vamos pensar na infância e na Juventude das nossas Instituições. Eles serão o futuro das casas espíritas e de uma sociedade equilibrada. 

A Casa Espírita com todos os setores em pleno funcionamento, mas sem o setor da Infância e Juventude, é uma frondosa árvore crescendo num solo arenoso: qualquer tempestade poderá derrubá-la. Ou ainda diria que está fadada a qualquer momento, caminhar para a UTI. 

Avante jovens! De vocês depende o “amanhã”.  Ajudemos o Cristo a implantar seu Reino na Terra.



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Adolescência e Vida


 "Ninguém despreze a tua mocidade, mas torna-te o exemplo dos fieis na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza." (Timóteo I - 4:12)

De grande atualidade, a determinação paulina tem caráter de terapia preventiva contra os males e os conflitos existenciais muito comuns na fase da adolescência, pois o contexto social, familiar e individual do século XXI obriga-nos recorrer a tais reflexões.

Vivemos uma época onde nossa sociedade está severamente marcada pela artificialidade, fantasia e opressão ideológica. Cada vez mais temos individuos que pouco se esforçam para planejarem suas vidas de modo a torná-las projetos que os encaminhem para a plenitude do amor. Uma séria crise de valores ético-morais assolam os relacionamento humanos. Um crescimento potencial do pensamento consumista implanta a ideia do ter para ser feliz e escanteia o ideal do ser feliz para se ter valores que possam vim a ser aplicados muito bem.

Nota-se ainda, e pasmem, principalmente nas Universidades, a propagação de ideias niilistas, além de uma extrema valorização das realizações imediatistas. Observamos também uma sombria onda de Jovens e crianças iniciadas nas drogas, uma série de conflitos existenciais cada vez mais frequentes nas criaturas humanas, a perda da sensibilidade com a vida, sem falar da quantidade de individuos com a afetividade profundamente abalada.

Nesse sentido, nos alerta Joanna de Ângelis no livro Adolescência e Vida, as grandes vítimas da ocorrência são os jovens que, imaturos, se deixam atrair pelos disparates das sensações primárias, comprometendo a existência planetária, às vezes, de forma irreversível.

A mesma autora vai dizer ainda na obra supracitada que torna-se urgente o compromisso de um reestudo por parte dos pais e educadores em relação à conduta moral que deve ser ministrada às gerações novas, a fim de evitar a grande derrocada da cultura e da civilização, que se encontram no bordo mais sombrio da sua história.

Sendo assim, cabe a todos parar e refletir não somente sobre as ideias que vem sendo construídas ao longo do tempo sobre a dinâmica e o trabalho ao lado dos jovens, mas bem acima disto, realizar uma profunda análise sobre qual o comportamento e prática que estamos apresentando como exemplo e referência ao mundo. O que temos feito na prática para construção de um mundo mais saudável com jovens saudaveis? Qual tem sido a minha conduta enquanto espírita vivendo no mundo?

Kardec nos deixa claro que a proposta espírita é a de transformação do mundo para melhor, e esta transformação depende de nossas mãos, mas o que temos feito além de uma teorização de como deve ser o mundo de paz e de amor? O que temos promovido em nosso movimento espírita além de uma grande onda de eventos que pouco impactam a sociedade? O que temos feito da casa espírita senão um local onde iremos obter o socorro e calma para os nossos espíritos?

É preciso mudar o comportamento, é necessária uma renovação prática de nós espíritas, é inadiável assumirmos um papel mais ativo dando aos jovens a devida estrutura ideológica e prática do viver em harmonia e em paz.

Nestes dias tumultuados e sombrios em que a Adolescência passa (e aqui incluimos os jovens Espíritas também), faz-se necessário que sigamos o sábio conselho de Jesus quando nos recomenda para brilharmos a nossa luz. E a todos vocês e a todos nós Jovens Espíritas, em particular, apenas pedimos para que nunca se esqueçam de que o caminho é Jesus e nunca mudemos a rota, pois Deus espera que nós aproveitemos a oportunidade da reencarnação.

Muita paz!

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